Depois do lançamento na Academia Mineira de Letras, chegou a vez de Ouro Preto conferir o novo livro de Angelo Oswaldo

O lançamento do livro Geraes: Arte Barroca em Minas, de Angelo Oswaldo de Araújo Santos, aconteceu na segunda-feira, 1º de setembro, em Ouro Preto, na Livraria Outras Palavras (R. Getulio Vargas, 239, no Rosário). A obra reúne quatro décadas de estudos do escritor, curador de arte, jornalista e gestor público sobre a arte barroca mineira.

Publicada pela Editora Relicário, a coletânea apresenta 17 ensaios, entre inéditos e textos dispersos, muitos produzidos para exposições e museus. Os escritos examinam traços de religiosidade popular, influências estéticas e a originalidade dos artistas, com especial atenção ao legado de Aleijadinho e à contribuição da cultura africana para a formação da sociedade colonial mineira.

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Dividido em duas partes, Arte barroca brasileira e As bulas e as fábulas: preservação e inspiração, o livro é enriquecido por vasta iconografia e aborda ainda a recepção do barroco no século XX, destacando os desafios da preservação e a vitalidade da arte ao longo do tempo. A apresentação é assinada por Silviano Santiago.

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Antes de chegar a Ouro Preto, a obra, organizada por Maria de Andrade, foi lançada em 18 de agosto na Academia Mineira de Letras, em Belo Horizonte. A edição reafirma o papel de Angelo Oswaldo como um dos principais estudiosos do barroco mineiro, sublinhando o diálogo entre religiosidade popular, estética sacra e a originalidade dos artistas coloniais.

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Uma vida dedicada à cultura, patrimônio e gestão pública

Angelo Oswaldo de Araújo Santos nasceu em Belo Horizonte, em 7 de dezembro de 1947. Formou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1971 e concluiu estudos no Instituto Francês de Imprensa, em Paris, entre 1973 e 1975.

 

Desde cedo construiu uma trajetória marcada pelo diálogo entre política, cultura e patrimônio. Foi crítico literário do Diário de Minas, editor do Suplemento Literário de Minas Gerais, redator e editor de cultura do Estado de Minas, além de colaborador do Jornal do Brasil, Folha de S.Paulo e Le Monde. Atuou ainda como consultor literário das Éditions Gallimard, em Paris.

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Na vida pública, exerceu cargos de destaque como secretário de Turismo e Cultura de Ouro Preto, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), secretário de Estado da Cultura de Minas Gerais, ministro da Cultura interino e presidente da Associação Brasileira de Cidades Históricas. Prefeito de Ouro Preto em diferentes mandatos, ocupa atualmente novamente o cargo.

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Sua experiência internacional também se refletiu em grandes curadorias, entre elas a exposição Brasil Barroco, no Carrousel do Louvre, em 1998, e Brasil Barroco: Entre o Céu e a Terra, no Petit Palais, em Paris, em 1999, além de mostras realizadas em Milão, Turim, Nice e São Paulo. Membro da Academia Mineira de Letras desde 2006, ocupa a cadeira de Alphonsus de Guimaraens, que tem como patrono Aureliano Lessa.