Com a despedida repentina de Lô Borges, as manifestações em honra ao Clube da Esquina se intensificaram. Movidos pela saudade e por muitas lembranças, seus amigos antigos vêm prestando homenagens das mais variadas formas, e essa mobilização comprova a influência do movimento mineiro não apenas na música, mas também em outras vertentes do universo das artes. ​Uma delas ocorrerá em breve no campo das artes plásticas, com a exposição “Noturnas e Raridades”, de Gilberto de Abreu.

 

A exposição será na Singular Galeria de Arte (Rua Curitiba, 1592 – Lourdes, Belo Horizonte) com abertura no sábado, dia 29 de novembro, das 11h às 16h.

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Laços de infância e arte

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Gilberto de Abreu Barbosa nasceu em 1953, em Espinosa (MG). Depois de morar em várias cidades com a família, aos 11 anos mudou-se para o Edifício Levy, na Avenida Amazonas, em Belo Horizonte, onde conheceu seus novos vizinhos, os Borges.

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Fruto da mesma safra, Gilberto dedicou-se às artes visuais em diversas modalidades, mas manteve o vínculo com o cenário musical que surgiu no antigo prédio, onde Milton Nascimento também morou, numa pensão. O artista tornou-se conhecido, principalmente, por suas obras que ilustraram capas de discos como Diamond Land, de Toninho Horta, e Via Láctea, de Lô Borges. Outra imagem marcante criada por Gilberto é o personagem “Meu Avô Cientista”, presente no álbum Sol de Primavera, de Beto Guedes, lançado em 1979.

 

Gilberto também assina cenários para shows, peças teatrais e filmes, entre eles Dança dos Bonecos, de Helvécio Ratton, e 100% Brasileiro, de José Sette de Barros.