ESPECIAL: Clube da Esquina pode virar Patrimônio Imaterial com apoio conjunto de IEPHA e IPHAN
Revista Mundaréu, 19 de julho de 2025

Iepha e Iphan alinham ações para reconhecimento do Clube da Esquina como Patrimônio Imaterial
Na sexta-feira, 18 de julho, o compositor, instrumentista e cantor Robertinho Brant participou de um encontro na sede do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG). A reunião contou com a presença do presidente do instituto, João Paulo Martins, sua equipe técnica e da superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em Minas Gerais, Maria do Carmo Lara.
O encontro teve como objetivo alinhar uma cooperação entre as duas instituições no processo de construção do inventário que poderá resultar no reconhecimento do Clube da Esquina como Patrimônio Cultural Imaterial. Um acordo formal entre Iepha e Iphan deve ser assinado nos próximos dias.
O pedido de reconhecimento marca uma etapa importante na valorização do legado do movimento musical que surgiu nos anos 1970 e projetou Minas Gerais no cenário nacional e internacional. Com base em Belo Horizonte e influências que atravessam a MPB, o jazz, o rock e a música latino-americana, o Clube da Esquina é referência na história da música brasileira e continua a influenciar gerações de artistas.
Robertinho e as cores do Clube
Robertinho Brant é o idealizador e produtor do projeto As cores do Clube da Esquina, lançado em junho de 2024 no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, em Belo Horizonte. A série de três apresentações reuniu músicos ligados à origem e à trajetória do movimento: Lô Borges, Beto Guedes, Toninho Horta e Flávio Venturini. Contou ainda com apresentações de Seu Jorge, Fernanda Takai, Mônica Salmaso, Joyce Moreno e Céu. Milton Nascimento participou como convidado de honra.
A direção musical e os arranjos foram assinados por Brant. A orquestração teve a colaboração de Wagner Tiso, com regência do maestro Eliseu Barros. O espetáculo também contou com projeções visuais e direção audiovisual dos cineastas Pedro de Filippis e Luiz Pretti.
O projeto prevê ações até 2026, com o lançamento de álbuns duplos, regravações de clássicos do movimento e de obras solo de seus integrantes, além de exposições, conteúdos audiovisuais e iniciativas voltadas à preservação da memória do Clube da Esquina.

Reunião contou com participação de Robertinho Brant e representantes dos dois órgãos (Fotos: Assessoria Iepha)