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Ano 2 | Junho de 2025
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- Revista Mundaréu
Informes da Biblioteca Pública Municipal de Ouro Preto Biblioteca Pública de Ouro Preto abre suas portas para o Diálogo sobre Educação Antirracista Ouro Preto, 8 de junho, 2025 No dia 12 de junho, a Biblioteca Pública Municipal de Ouro Preto convida a comunidade para viver uma noite de reflexão, cultura e resistência. A partir das 19h, o espaço sedia mais uma edição da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas, projeto estadual que propõe ampliar o horário de funcionamento de instituições culturais em todo o estado, incentivando novas vivências noturnas com o patrimônio e a memória mineira. Nesta 11ª edição, o tema escolhido pela biblioteca ouro-pretana ecoa com força: Educação Antirracista. A proposta dialoga com o trabalho das escolas municipais, que vêm incorporando essa pauta em práticas pedagógicas, projetos e formação docente. A programação da noite reúne arte, literatura e roda de conversa, buscando valorizar as culturas afro-brasileiras, combater o racismo estrutural e afirmar a biblioteca como espaço plural, democrático e de transformação social. Programação | Quinta, 12 de junho 19h – Exposição: Objetos Sagrados de Candomblé e Umbanda Com curadoria do professor Jéferson Jr. da Rocha Ferreira, a mostra reúne objetos litúrgicos das religiões de matriz afro-brasileira. O público poderá conhecer elementos simbólicos dessas tradições, muitas vezes alvo de preconceito e invisibilização, como forma de promover o respeito à diversidade religiosa e o conhecimento das raízes africanas presentes na cultura brasileira. 20h – Lançamento do livro “Lua Preta” A escritora Maria do Carmo Brandão (Madu Brandão) apresenta a obra que conta a história de Tonzé, menino negro que carrega na pele e na fala a ancestralidade mineira. Um livro que celebra a representatividade, a infância e a força da linguagem local como forma de identidade e resistência. 21h – Diálogo: A Educação Antirracista nas Escolas Municipais de Ouro Preto Encerrando a noite, uma roda de conversa com educadores e gestores que atuam na construção de políticas públicas de igualdade racial no município. Estarão presentes: Déborah Etrusco, secretária municipal de Educação Kedison Guimarães, diretor de Promoção da Igualdade Racial Professor Luiz Basílio, referência em práticas pedagógicas decoloniais A Biblioteca Pública Municipal de Ouro Preto reafirma, assim, seu papel como espaço vivo de saberes compartilhados. Em tempos de intolerância e retrocessos, essa noite é um convite à escuta, à empatia e à construção de caminhos mais justos. Serviço 11ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas Quinta-feira, 12 de junho de 2025 A partir das 19h Biblioteca Pública Municipal de Ouro Preto Entrada gratuita Educação emocional em pauta: projeto “A Biblioteca Vai à Escola” promove diálogo sobre a série Adolescência Ouro Preto, 16 de maio, 2025 No próximo dia 22 de maio, às 7h30, a Escola Municipal Major Raimundo Felicíssimo, no distrito de Amarantina, receberá mais uma edição do projeto A Biblioteca Vai à Escola. A iniciativa é promovida pela Prefeitura Municipal de Ouro Preto, por meio da Secretaria Municipal de Educação, e tem como proposta integrar o universo da leitura com temas contemporâneos relevantes para o ambiente escolar. Desta vez, o encontro será dedicado a um diálogo aberto sobre a série Adolescência, trazendo à tona questões sensíveis e fundamentais para o desenvolvimento dos estudantes. O objetivo é estimular a reflexão coletiva sobre temas como bullying, afetividade, sexualidade, relações sociais e o papel da família e da escola no acolhimento dos jovens. A ação integra um conjunto de estratégias da Secretaria de Educação voltadas à valorização da saúde mental e da educação emocional, reconhecendo que o processo de ensino-aprendizagem vai além do conteúdo curricular. Durante o evento, também será debatida a importância do diálogo entre pais e filhos e o impacto das vivências familiares na formação dos alunos. Outro ponto relevante é o convite à escuta qualificada dos profissionais da educação sobre o contexto em que vivem os estudantes e suas famílias, favorecendo a construção de uma educação mais empática e humanizada. O projeto “A Biblioteca Vai à Escola” propõe-se, assim, a criar espaços de convivência, escuta e troca de experiências, fortalecendo a rede de apoio entre escola, alunos e comunidade. Ao abordar temas da adolescência com sensibilidade e responsabilidade, a ação reafirma o compromisso com uma formação integral, que cuida do saber e do sentir. Biblioteca Pública de Ouro Preto inaugura nova Sala Infantojuvenil Ouro Preto, 9 de maio, 2025 Na próxima quarta-feira, 14 de maio, às 10h30, a Biblioteca Pública Municipal de Ouro Preto recebe a comunidade para a entrega oficial da nova Sala de Leitura Infantojuvenil, espaço totalmente reformado e dedicado ao incentivo à leitura entre crianças e adolescentes. A cerimônia marca mais um passo significativo no fortalecimento das políticas públicas de cultura e educação na cidade. A reforma do espaço foi realizada por meio de parceria entre a Prefeitura de Ouro Preto, a Secretaria Municipal de Educação, o Rotary Club de Ouro Preto e a Saneouro. A nova sala é mais ampla, ventilada e equipada com mais de mil obras literárias cuidadosamente selecionadas para o público jovem. Com ambiente acolhedor e acompanhamento de profissionais qualificados, o espaço tem como missão estimular o gosto pela leitura desde a infância, promovendo o desenvolvimento cognitivo, social e emocional por meio do contato com a literatura. Mais que um espaço físico, a nova Sala Infantojuvenil se propõe a ser um território de imaginação, criatividade e formação cidadã. A Biblioteca Pública de Ouro Preto fica na Rua Xavier da Veiga, 309, no Centro Histórico. A entrada é gratuita. Lançamento do livro Teia, de Elis Silva Ouro Preto, 6 de maio, 2025 Na quarta-feira, 8 de maio, às 19h, a Biblioteca Pública Municipal de Ouro Preto recebe o lançamento de "Teia", romance de estreia da escritora e professora Elis Silva. Publicado pela BC Editora, o livro propõe um mergulho poético nas tramas da memória, do cotidiano e dos silêncios femininos. Moradora de Ouro Preto e professora do IFMG – Campus Ouro Preto, Elis Silva estreia na literatura com uma narrativa sensível e potente, marcada pelos laços familiares, pelo universo das mulheres e pela força das histórias que brotam do interior de Minas. Doutora em Física, a autora é reconhecida por sua produção acadêmica, mas agora se revela também como contadora de histórias, estreando na ficção com a mesma delicadeza e firmeza que imprime em sua atuação como educadora e pesquisadora. Ambientado no interior mineiro, Teia oferece ao leitor um fio de leitura íntimo e comovente, entrelaçando realidade e imaginação, silêncio e resistência. O evento contará com bate-papo com a autora, sessão de autógrafos e venda de exemplares no local. A entrada é gratuita. Serviço Lançamento do livro Teia, de Elis Silva Data: 08 de maio de 2025 (quarta-feira) Horário: 19h Local: Biblioteca Pública Municipal de Ouro Preto Endereço: Rua Xavier da Veiga, 309 – Centro – Ouro Preto/MG Um enxergar plural: olhares singulares - Espaço mARTE inaugura mostra coletiva em Belo Horizonte
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AGENDA CULTURAL DE OURO PRETO - Página em constante atualização EM DESTAQUE NA AGENDA CULTURAL DE OURO PRETO 🎨 CASA TORTA E PALÁCIO D’OURO MOVIMENTAM A CENA CONTEMPORÂNEA EM OURO PRETO Dois espaços culturais que já se tornaram referência no circuito artístico da cidade apresentam novas exposições que conectam passado e presente com ousadia e identidade. Em cartaz, obras de Fernando Pacheco e Luiz Pêgo. Leia a matéria completa da Revista Mundaréu FESTUR Festival Internacional de Turismo e Cultura de Ouro Preto (Festur), 4 a 6 de junho, no Centro de Artes e Convenções da UFOP, em Ouro Preto Confira AQUI a programação completa Festas juninas nos museus Os Museus de Mariana entram no clima do São João com uma festança junina pra lá de especial! Vai ter banda Candonguêro, atrações locais, comidas típicas, quadrilha, muita dança e aquele clima arretado que só Minas sabe fazer! Dias 6 e 7 de junho, a partir das 18h00 Mais informações AQUI R. Padre Rolim, 412 - Centro Comemorações dos 255 anos da Casa da Ópera de Ouro Preto O teatro mais antigo em funcionamento das Américas celebra 255 anos com programação cultural gratuita e aberta ao público. Gustavo Fechus e André Vitorino André Vitorino é pianista, sanfoneiro, produtor musical, e transita por diferentes estilos da música brasileira. Gustavo Fechus é violinista agraciado com prêmio como BDMG Jovem Músico e Jovem Instrumentista. Sexta-feira, 6 de junho, às 20h00 Luciano Luppi e Bruna Guimarães Homenagem ao poeta Fernando Pessoa, nos 90 anos de sua morte, com o ator Luciano Luppi e a violoncelista Bruna Guimarães. Sábado, 7 de junho, às 20h00 O acesso ao teatro é gratuito e por ordem de chegada. Endereço: R. Brigadeiro Musqueira, 104 - Ouro Preto, MG E vem aí: CineOP 2025 - Ouro Preto
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Rotas do Ouro e Turismo Sustentável Rota do Ouro e Turismo Sustentável no Alto Rio das Velhas Revista Mundaréu -WWW.MUNDAREU.ART 30 de abril 2025 Fotos: Ane Souz O Esporte Espetacular, da Rede Globo, dedicou dois episódios ao Rio das Velhas e aos territórios do Alto Rio, explorando a relação entre esporte, turismo e preservação ambiental. Exibida nos domingos de 6 e 13 de abril de 2025, a matéria acompanhou, ao longo de cinco dias, uma expedição que seguiu o curso do rio a partir de sua nascente, na Cachoeira das Andorinhas. Idealizada pela produtora Luciana Machado, com apoio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), do Projeto Caboclo D’Água e da Associação Sumo da Terra – Ideias Globais Ações Locais, a iniciativa conectou práticas esportivas como canoagem, stand-up paddle, escalada, ciclismo, highline e triatlon ao reconhecimento dos territórios e comunidades ribeirinhas. Durante a jornada, o programa visitou locais inseridos nas Rotas do Ouro e Turismo Sustentável (ROOTS) e na Rota Jaguara, com passagens por Ouro Preto, São Bartolomeu, Glaura e Acuruí. Também foram registradas atividades na Floresta Estadual do Uaimii, na Serra do Gandarela e na Barragem Rio de Pedras, com destaque para as práticas aquáticas e para a presença de grupos e moradores envolvidos com a preservação do território. O percurso foi encerrado com uma descida de 12 km pelo Rio das Velhas, em caiaque e rafting, reafirmando a importância da bacia hidrográfica como fonte de vida e de relação com o meio natural. Em cada etapa, representantes do CBH Rio das Velhas contribuíram com informações sobre os desafios de conservação da água e do uso sustentável dos recursos naturais. Mais do que registrar esportes ao ar livre, a série lançou um olhar atento sobre o território, suas paisagens e modos de viver, reforçando a ligação entre cultura, ambiente e ação coletiva. >>> Confira os episódios do Esporte Espetacular no Velhas Prefeito de Ouro Preto lamenta a partida de Francisco, o Grande Operário da Paz Vila Galé Ouro Preto recupera vitrais do mestre italiano Gianfranco Cerri
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Santa Rita de Ouro Preto celebra sua padroeira no dia 22 de maio Com fé e tradição, Santa Rita de Ouro Preto celebra sua padroeira no dia 22 de maio Revista Mundaréu, 17 de maio de 2025 Procissão, missa, artesanato, música e a boa comida mineira fazem parte dos festejos O distrito de Santa Rita de Ouro Preto se prepara para mais uma edição da tradicional festa em homenagem à padroeira, Santa Rita de Cássia, a santa das causas impossíveis, celebrada no dia 22 de maio. A programação começa com a missa solene na Matriz que leva seu nome, erguida em 1964 no lugar da antiga capela do século XVIII. Diante do templo, uma escultura em pedra-sabão da própria santa (foto) recebe moradores e visitantes que vêm de longe para acompanhar procissões, cânticos e ritos de fé que marcam a identidade local há séculos. Durante os festejos, é possível degustar pratos típicos da culinária mineira, visitar barracas de artesanato e se encantar com as famosas peças em pedra-sabão — tradição herdada do período colonial e ainda hoje essencial para a economia da região. Uma programação cultural, com shows e apresentações musicais em diferentes estilos populares, completa o clima de confraternização, reunindo famílias, amigos e turistas em torno da fé e da cultura. Santa Rita de Ouro Preto é um distrito que nasceu com a mineração, mas que, ao longo do tempo, encontrou novas formas de se reinventar. Hoje, fé, arte e turismo se entrelaçam, fazendo da pequena localidade um destino acolhedor para quem busca experiências autênticas e contato com a essência mineira. As peças em pedra-sabão, de esculturas sacras a utilitários decorativos, são moldadas com técnica e tradição por artesãos que herdaram os saberes dos antepassados. A extração e o trabalho com o mineral seguem como fonte de renda e expressão cultural para a comunidade, que resiste com criatividade e hospitalidade. Mais do que uma celebração religiosa, a festa de Santa Rita é um testemunho vivo da força de um povo que mantém acesa a chama da memória, da fé e da beleza esculpida nas pedras das montanhas. Com patrocínio da iniciativa privada e suporte governamental, obras na Estação de Engenheiro Corrêa avançam
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Tapetes da Semana Santa e o Teatro da Fé Ouro Preto e os Tapetes da Semana Santa Revista Mundaréu, 04 de abril 2025 Foto: Nino Stutz Depois de reviver as Dores de Maria e os momentos da Paixão e Morte de Cristo, o Sábado de Aleluia marca o fim do longo e reflexivo período da Quaresma, iniciado logo após o Carnaval. É então que as ruas de Ouro Preto se transformam. A mobilização para essa celebração é intensa. A Prefeitura organiza a logística — do tingimento da serragem à distribuição do material ao longo do percurso por onde vai passar a procissão da Ressurreição. A Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP) oferece suporte técnico e apoio, enquanto moradores e visitantes atravessam a noite empenhados na confecção dos desenhos. Uns criam livremente, outros seguem moldes. Crianças, adultos, famílias inteiras tomam as ruas para ajudar. A regra é simples: qualquer pessoa pode participar da confecção dos tapetes, independentemente da crença, desde que o trabalho respeite os símbolos religiosos e o padrão estético da celebração. E, na manhã do Domingo de Páscoa, personagens bíblicos e dezenas de crianças vestidas de anjinho completam o cenário e puxam o cortejo, seguido pelos fiéis. É nessa hora que todo o esforço feito durante a madrugada se desfaz sob os pés da multidão, enquanto a procissão avança. Os tapetes poderiam até ser vistos como uma arte efêmera, mas é uma manifestação tão marcante que se eterniza na memória e no coração de todos que dela participam. Uma tradição quase tricentenária Os tapetes devocionais chegaram ao Brasil com os portugueses e se difundiram no período barroco, acompanhando o crescimento das cidades mineiras e sua forte ligação com o catolicismo. Em Ouro Preto, a tradição remonta ao Triunfo Eucarístico de 1733, na reinauguração da Matriz do Pilar. Naquela época, fiéis vestidos de gala enfeitaram o caminho da procissão com flores e folhagens. Com o tempo, o costume se transformou na confecção dos tapetes, que passaram a ser elaborados com materiais diversos. Hoje, eles fazem parte tanto da Semana Santa quanto da festa de Corpus Christi. Os tapetes simbolizam a acolhida de Jesus em Jerusalém, quando a população cobriu o caminho com ramos e mantos. Por isso, seus desenhos trazem símbolos religiosos que reforçam a fé e a devoção à Eucaristia. Doces e alegria no Domingo de Páscoa Ao final da procissão, os anjinhos em revoada recebem canudos recheados com amêndoas, deliciosos confeitos de açúcar preparados com chocolate, amendoim ou coco, temperados com erva-doce, cravo e canela. Essas guloseimas simbolizam a renovação da vida e a alegria da Ressurreição. A entrega das amêndoas é feita por voluntários da paróquia e por famílias que mantêm viva essa tradição há gerações. Um gesto simples, mas carregado de afeto, que envolve as crianças na liturgia e na cultura popular ouro-pretana. E não são apenas elas que se encantam — muitos adultos estendem as mãos para reviver essa doce memória da infância. Foto: Nino Stutz Foto: Nino Stutz O Teatro da Fé Ivair Fabiano Silva é um dos ouro-pretanos engajados nas cerimônias de sua paróquia. Ele explica que as figuras que saem na Procissão da Ressurreição, no Domingo de Páscoa, são basicamente as mesmas que aparecem na sexta-feira da Paixão, na chamada Procissão do Enterro. E, segundo ele, são muitas: “A composição inclui personagens do Antigo e do Novo Testamento, todos com papéis definidos no teatro da fé que toma conta das ruas de Ouro Preto”. Além de participar das encenações, Ivair também faz a locução na sexta-feira — é ele quem chama cada uma dessas figuras: “É um trabalho minucioso, porque o figurado é extenso. Há profetas, reis, apóstolos, soldados, personagens históricos e bíblicos. Tem o Barrabás, Pilatos, Herodes, José de Arimateia e Nicodemos — esses dois últimos são os que descem o Cristo da cruz na sexta-feira. E também tem o Anjo da Amargura. É muita gente!” A guarda romana também participa das duas procissões, mas, na Páscoa, há uma diferença marcante: “Enquanto na sexta-feira ela entra em cena armada, com lanças e capacetes, no domingo ela aparece em missão de paz. Os capacetes são levados nas mãos, não há lanças, apenas uma espada simbólica, mais pela composição do que por qualquer mensagem de confronto. É como se todo o aparato de guerra tivesse se rendido à paz da ressurreição”, explica Ivair. Ao longo dos anos, ele já viveu diversos desses papéis: “Já fui apóstolo, evangelista, José de Arimateia... Hoje, atuo principalmente na locução. É uma forma de estar dentro da história da paróquia — e também dentro da fé”. Foto: Neno Viana Memória e devoção Nesta foto de 2004, conduzindo o pálio, está o então prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, que hoje ocupa novamente o cargo, ao lado do Cônego José Feliciano da Costa Simões. Por 46 anos, Simões esteve à frente da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar, zelando pelas tradições da Semana Santa e pelo patrimônio histórico da cidade. Defensor incansável da arte sacra, lutou contra o roubo e a degradação das igrejas, conseguindo recuperar preciosidades, como a imagem de Nossa Senhora das Mercês, esculpida por Aleijadinho e desaparecida desde 1962. Padre Simões faleceu em 2009, aos 78 anos, deixando um legado de fé e resistência. Mas, para muitos, sua lembrança mais doce vem de um gesto simples: ao fim da procissão do Domingo de Páscoa, distribuía balas às crianças na Malhação do Judas, mantendo viva a alegria popular entre os ritos da Semana Santa. Leia mais sobre a Semana Santa em Ouro Preto no site da nossa jornalista parceira: valeriamonteiro.com.br
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Grupo Herculano e J. Mendes impulsionam obra na Estação de Engenheiro Corrêa, em Ouro Preto Com patrocínio da iniciativa privada e suporte governamental, obras na Estação de Engenheiro Corrêa avançam Revista Mundaréu, 16 de maio de 2025 Mais sobre o lugar O distrito de Engenheiro Corrêa, a 38 km de Ouro Preto, tem sua história marcada pela antiga rede ferroviária. Surgido a partir do povoado de Santo Antônio do Monte, onde ainda resiste a capela homônima entre antigas fazendas e matas preservadas, o local ganhou novo impulso com a inauguração da Estação Sardinha, em 1896. Rebatizada em homenagem ao engenheiro Manuel Francisco Corrêa Júnior, a estação tornou-se o núcleo de desenvolvimento da região, que em 1953 foi elevada a distrito. Mais sobre o projeto O projeto de restauração busca não apenas recuperar o patrimônio arquitetônico da Estação de Engenheiro Corrêa, mas também resgatar o papel histórico e cultural da ferrovia no desenvolvimento do distrito. Como contrapartida social, a proposta é transformar o edifício em um espaço comunitário, voltado à cultura e à educação. Uma das ações previstas é o programa “Estação de Memória”, que receberá semanalmente professores e alunos para vivências educativas no local, promovendo a valorização da história ferroviária mineira e fortalecendo os vínculos da comunidade com seu passado. Com patrocínio master do Grupo Herculano e apoio do Grupo J. Mendes, a restauração da Estação de Engenheiro Corrêa, em Ouro Preto, avança para uma nova fase. O projeto é viabilizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), com gestão da Holofote Cultural e realização da Prefeitura Municipal de Ouro Preto. Após as etapas iniciais de limpeza e cercamento da área, foi realizado o escoramento da estrutura para garantir a estabilidade das paredes. Em seguida, houve o reforço das fundações. A obra está agora concentrada na instalação do telhado. As telhas estão sendo colocadas sobre a nova estrutura de cobertura, protegendo o edifício e restituindo seu volume. A próxima etapa será a conclusão de dois banheiros acessíveis, preparando o espaço para receber visitantes com estrutura adequada. Acompanhe nesta página os próximos passos da obra. Leia também: Ouro Preto recebe nova edição do "Fado em Cidades Históricas"
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Ouro Preto se despede do Papa Francisco Ouro Preto lamenta a partida de Francisco, o Grande Operário da Paz Revista Mundaréu, 21 de abril de 2025 Foto: L'Osservatore Romano,Vaticano Desde a escolha do nome e do conselho recebido do cardeal de São Paulo, o papa argentino mostrou que veio para refundar a fé, atualizar a Igreja Católica e confortar o mundo conflagrado pelos radicalismos totalitaristas. Francisco deixa, assim, uma luz que não se apaga. Depois da bela e comovente Semana Santa de Ouro Preto, a partida do querido Papa Francisco renova em nós a Páscoa, no sentido de que ele não passará e haverá de sempre nos lembrar qual o caminho verdadeiro aberto pelo Senhor. Os sinos de Ouro Preto manifestam o nosso pesar e nos exortam quanto aos valores que Francisco abençoou. Angelo Oswaldo Prefeito de Ouro Preto 21 de Abril: O Dia em Que Choramos Dois Homens que Ensinaram a Liberdade e o Amor.
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Especial Dia do Livro 2025: Por Cleusmar Fernandes ESPECIAL DIA DO LIVRO DA MEMÓRIA AO FUTURO: A BIBLIOTECA PÚBLICA DE OURO PRETO NA ERA DIGITAL Revista Mundaréu, 23 de abril de 2025 Por Cleusmar Fernandes Diretor da Biblioteca Pública Municipal de Ouro Preto A Biblioteca Pública de Ouro Preto - Foto: Greiza Tavares A Biblioteca Pública Municipal de Ouro Preto é mais que um espaço de leitura — é guardiã da memória, portal do conhecimento e ponto de encontro comunitário. Suas estantes repletas de histórias dialogam com o passado e anunciam o futuro, num momento em que é urgente valorizar o livro e o saber como ferramentas de transformação. Com um acervo de cerca de 50 mil obras, a Biblioteca abriga registros que ajudam a entender o traço neoclássico dos casarões e a planta do Palácio D’Ouro — o mais antigo da cidade — revelando as marcas da influência lusitana. Em Ouro Preto, cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, a arquitetura e a cultura fundem-se numa identidade diversa, e a Biblioteca é espelho e guardiã dessa essência. Durante a pandemia, em 2021, quando a cidade foi silenciada pela onda roxa, surgiu o projeto Delivro — uma resposta criativa ao isolamento social. O delivery de livros buscava alimentar, com literatura, as famílias reclusas em casa, enfrentando desafios com o ensino remoto. A proposta simples e potente levou conhecimento até a porta dos leitores: bastava solicitar o título desejado por telefone ou e-mail, e o livro, higienizado e acondicionado, era entregue por motoboy com EPIs. O serviço, gratuito, segue ativo e tem ganhado ainda mais adesão. A partir dali, a Biblioteca ampliou sua presença digital com ações em parceria com a Prefeitura, a Secretaria de Educação e a Casa do Professor. Lançamentos virtuais de livros, contação de histórias e rodas de conversa passaram a integrar a rotina digital da instituição, levando cultura e afeto a lares ouro-pretanos. Nos anos seguintes, já no cenário pós-pandêmico e com o incentivo do governo municipal, a Biblioteca consolidou projetos como A Biblioteca vai à escola, Inverno Literário, Noite Mineira de Bibliotecas e Museus, Sarau: Música, Leitura e Poesia, Visita Guiada, Virada Cultural, Batalha da Pracinha e Natal Literário — conectando leitura, escola e comunidade. Hoje, avança com ousadia no digital. Com o sistema Sophia, em fase de implantação nas escolas municipais, os alunos poderão consultar e solicitar obras do acervo da própria escola, ou da sede, de forma integrada. Um sistema de reservas permitirá que o próprio Delivro busque e entregue os títulos, aproximando o livro do leitor em qualquer ponto da cidade. Essa modernização é fruto de um plano de governo que acredita na cultura como eixo transformador. Prova disso é a aprovação pioneira do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, alinhado ao Plano Nacional, que habilita Ouro Preto a participar de editais federais e estaduais. Com o olhar no futuro, a equipe da Biblioteca planeja visitas técnicas, como a que será feita à Biblioteca Estadual Luiz de Bessa, em Belo Horizonte, e presença em eventos como a Bienal Mineira do Livro e o Encontro Sophia Biblioteca, em São Paulo. A busca é por referências e experiências que possam enriquecer o acervo e a gestão bibliotecária local. Os dados mostram o avanço. Desde a adoção do sistema digital, o número de novos cadastros cresceu: 225 (2021), 217 (2022), 270 (2023) e já 252 (em 2024). Empréstimos digitais também cresceram: de 314 em 2022 para 1.095 em 2024, enquanto os manuais diminuíram, consolidando a nova era. Mais de 25 mil buscas foram realizadas no sistema apenas em 2024, com destaque para o período noturno. Somam-se ainda mais de 2.500 empréstimos pelo Delivro e um total de 5.364 livros emprestados pelas duas modalidades. Os dados mostram uma biblioteca viva, que acompanha o ritmo dos leitores. Mas o avanço não para. A Inteligência Artificial, por exemplo, é vista como aliada, não como ameaça. Ferramentas como chatbots e sistemas automatizados otimizam a rotina das bibliotecárias e ampliam o atendimento. A IA permite ainda classificação de conteúdo, realidade aumentada, acessibilidade e novos formatos de interação com o acervo. Há desafios, claro. Privacidade e uso ético dos dados são pautas constantes. Mas a Biblioteca está atenta, preparada, viva. Afinal, como disse Angelo Oswaldo ao receber Rui Mourão na Academia Mineira de Letras, “tocar o papel é um gesto sensorial que nos reconduz à nossa humanidade”. Neste 23 de abril, Dia Mundial do Livro, a Biblioteca de Ouro Preto celebra sua trajetória e projeta o futuro. O livro, longe de ser um objeto obsoleto, continua a ser o mais potente dos portais. E ele te espera — de páginas abertas. Cleusmar Fernandes é graduado em Gestão Pública pela Universidade de Brasília, psicólogo clínico pela Universidade Paulista - UNIP, especializado em Neuropsicologia
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Ouro Preto celebra o bordado como patrimônio imaterial municipal Com escuta, exposição e oficinas, Ouro Preto celebra o bordado como patrimônio Revista Mudaréu, 19 de maio de 2025 Foto: Patrick Araújo (PMOP) Na semana do Dia Municipal do Bordado, comemorado em 23 de maio, a Prefeitura de Ouro Preto promove uma programação especial voltada à valorização e preservação do ofício de bordadeiras e rendeiras. Reconhecido como patrimônio imaterial desde 2019, o saber ancestral do bordado representa não apenas uma técnica artesanal, mas uma expressão viva da identidade ouro-pretana, transmitida de geração em geração. A programação começa no dia 22 de maio com o Fórum de Escuta, promovido pela Diretoria de Pesquisa e Difusão do Patrimônio Cultural (PROPAT), da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. O encontro será realizado às 15h na Casa de Gonzaga (Rua Cláudio Manoel, 61, Centro), reunindo artesãs para debater ações de salvaguarda do ofício, além de lançar o novo cadastramento para mapear os agentes envolvidos na atividade. A última atualização de dados havia sido feita entre 2017 e 2019, e o objetivo agora é construir um panorama mais atual da prática no município. O formulário de cadastramento poderá ser preenchido de forma online ou presencial. Neste segundo caso, será necessário procurar a sede do PROPAT para retirar a ficha, preenchê-la e anexar a documentação exigida. Em um segundo momento, será feito o agendamento para análise de portfólios. Segundo Pollyanna Precioso Neves, historiadora da equipe técnica de salvaguarda, esse tipo de escuta ativa é fundamental para orientar decisões coletivas e aproximar o poder público dos detentores do saber. “A substância do patrimônio imaterial são as pessoas. Nós, da equipe técnica, podemos ter um olhar diferente do dos próprios detentores do bem. Logo, momentos como esse buscam compreender aquele grupo, aquele bem, suas sugestões, reclamações e promover tomadas de decisões coletivas. Só a partir de fóruns como esse é que é possível traçar ações mais próximas das expectativas dos envolvidos”, explica. Pollyanna também destaca a singularidade de algumas técnicas tradicionais que resistem ao tempo em Ouro Preto, como a renda marafunda, encontrada em poucos lugares do Brasil. “Reconhecer e valorizar esse saber reforça a centralidade do povo ouro-pretano como protagonista da representatividade mundial que a cidade tem”, afirma. No dia 23 de maio, às 18h, também na Casa de Gonzaga, a celebração segue com um evento que reúne roda de conversa e exposição dos trabalhos desenvolvidos pelas alunas das Casas de Cultura. A mostra permite ao público conhecer de perto os diferentes estilos e referências que permeiam a produção local. Encerrando a programação, de 26 a 30 de maio, a Casa de Gonzaga recebe uma série de oficinas de bordado, por meio do projeto Criar e Bordar. As atividades são voltadas ao compartilhamento de técnicas e à formação de novos praticantes, garantindo a continuidade do ofício no tempo. Os participantes receberão os materiais necessários para produção das peças — linha, agulha, tecido e apostila — e poderão experimentar diferentes abordagens do bordado: 26/05 – Bordado Livre (13h30 às 17h) 27/05 – Bordado na Chita (13h30 às 17h) 28/05 – Bordado em Papel (13h30 às 17h) 29/05 – Bordado com Feltro (13h30 às 17h) 30/05 – Bordado em Ponto Cruz (13h30 às 17h) À frente das oficinas está Vilma do Nascimento, artesã, pedagoga e coordenadora do Serviço de Atendimento ao Artesão. Com uma trajetória marcada pela arte do bordado, ela fala sobre o simbolismo pessoal e coletivo dessa prática: “O bordado representa para mim um resgate de história desde a minha infância, com a minha mãe. Eu a via transformar linha e agulha em produto e me deixava encantada”, conta. “Hoje, vejo como algo muito forte, como representação de cultura. É algo que transcende o tempo, que transforma sentimentos, ambientes e realidades. Uma terapia, uma paixão, uma fuga e um norte.” Vilma também destaca os benefícios emocionais da prática artesanal. “O relaxamento, a meditação, a criação de algo que gera orgulho, o alívio da tensão, a conexão com pessoas... Tudo isso aguça o interesse por esses saberes”, afirma. Ao celebrar o Dia Municipal do Bordado, Ouro Preto reafirma seu compromisso com a memória viva das comunidades que moldam sua identidade. Ao reunir tradição e escuta, formação e protagonismo, a cidade lança novos fios para tecer o futuro de um dos ofícios mais simbólicos de seu patrimônio imaterial. Festur 2025 lança audiolivro da Rota Jaguara e anuncia versão bilíngue impressa e digital para o segundo semestre
- Revista Mundaréu
Parque urbano amplia horário de funcionamento Agora aberto todos os dias, Horto dos Contos reforça papel de parque urbano no centro de Ouro Preto Revista Mundaréu, 21 de maio de 2025 Espaço amplia horário de funcionamento e se firma como opção de lazer, cultura e contato com a natureza para moradores e turistas. No centro histórico de Ouro Preto, o parque Horto dos Contos está de portas abertas para quem quiser caminhar, relaxar ou simplesmente curtir um pedaço verde no meio da cidade. A partir desta semana, suas trilhas passam a receber visitantes todos os dias. A mudança faz parte de um esforço da Prefeitura para reforçar a vocação do Vale do Contos como parque urbano, com espaços voltados ao lazer, ao esporte e à contemplação. A área tem mais de 28 hectares e se estende da Rua Padre Rolim, na entrada da cidade, até a Igreja do Pilar, passando pela Casa dos Contos e por quintais, pomares e terraços que, no século XIX, encantaram viajantes europeus. A história do Horto Em 1798, dez anos antes da criação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a Coroa portuguesa determinou a fundação, em Vila Rica, de um espaço destinado ao cultivo de plantas indígenas e exóticas, além de madeiras de lei. Foi escolhida uma área de 28,3 hectares entre a Igreja São Francisco de Paula e a Casa dos Contos. O terreno natural foi transformado por meio de terraços sucessivos, no centro dos quais foram instalados repuxos inspirados nos jardins italianos e franceses. Um deles, o inglês John Mawe, escreveu sobre o lugar como um “império da flora”, impressionado com a quantidade de flores, hortas e arranjos paisagísticos. E esse encanto segue vivo. Caminhar por lá hoje é se deparar com ipês, quaresmeiras, amoreiras, jacarandás, além de bambuzais e paineiras que enfeitam a paisagem. As trilhas permitem um novo olhar sobre o centro histórico de Ouro Preto. De um dos mirantes, por exemplo, é possível ver a Igreja São Francisco de Paula emoldurando a cidade. Mais abaixo, surge a Igreja de São José, com detalhes atribuídos ao mestre Aleijadinho. Perto dali está o prédio da antiga Santa Casa, onde funciona atualmente o Paço da Misericórdia e o Museu Boulieu. O Parque Municipal Horto dos Contos, onde a natureza cresce livre e a cidade parece desacelerar, é um espaço de respiro para moradores e turistas, bem no meio do casario colonial. Acesso e horários de visitação Portarias do Pilar e da Rodoviária Todos os dias: das 8h às 18h Portaria do Museu Casa dos Contos Terça a sábado: das 8h às 18h (entrada até 17h45) Domingo: das 10h às 14h Segunda-feira: não abre Festur 2025 lança audiolivro da Rota Jaguara e anuncia versão bilíngue impressa e digital para o segundo semestre